domingo, 16 de junho de 2013

On 23:02 by Rogério Tobias




MARKETING ȃtica, clientes e empresas


ROGÉRIO TOBIAS
Publicação: 16/06/2013 04:00

Os ambientes de vendas estão cada vez mais complexos. O grau de exigência dos consumidores aumenta e os profissionais devem se preocupar profundamente com a questão ética.

As empresas não têm mais o direito nem ambiente para lançar produtos e serviços com defeitos, ou com qualquer distúrbio que, de alguma forma, prejudique os clientes, ou coloque em risco a sua vida ou integridade pessoal, ou simplesmente não cumpra o prometido.

Vender produtos hoje envolve responsabilidades trabalhistas, ambientais, de segurança e humanísticas. O marketing das organizações já deve partir de pressupostos que envolvem essas questões. Devem estar preparadas para assumir essas responsabilidades e jamais devem se mostrar surpresas ou despreparadas para dar soluções imediatas quando ocorrerem disfunções em seus produtos.

Organizações que cometem erros no lançamento de produtos, não cumprem o prometido, eximem-se dos problemas de seus clientes, atendem sem compromisso, têm o seu nome colocado em risco intenso e, por mais rápido que busquem fazer as correções, tendem a penetrar na mente dos clientes negativamente, gerando restrições nas decisões futuras de compras.

Não há como garantir que erros ou questionamentos novos não ocorram, mas pode-se e deve-se agir com agilidade e com postura irrepreensível sob o ponto de vista dos clientes e do mercado como um todo.

O marketing, mais do que outras funções de negócios, como contabilidade, finanças ou produção, tem ligação muito forte com o público e, por isso, por meio dos vendedores, das propagandas e de outras formas de comunicação e relacionamento recebe mais críticas ou avaliações mais rigorosas.

As organizações precisam estar totalmente conscientes do seu papel na sociedade e da sua responsabilidade perante o seu público específico. Ainda são poucas aquelas que podem ser consideradas totalmente éticas em seu processo de relacionamento com os clientes. Não há nelas compromisso definitivo e nem comprometimento total. O cliente deve ser atendido dentro de uma visão completa e precisa contar sempre com uma postura apropriada da organização.

Em casos de defeitos em produtos, serviços imperfeitos, necessidade de recall, reclamações de clientes e outras anomalias, é preciso ter e cumprir um código predeterminado. No caso de dúvidas, o profissional envolvido numa situação difícil deve reexaminar as alternativas e nunca tomar medidas que, de alguma forma, possam ferir a imagem empresarial.

A ética deve estar na estratégia de marketing empresarial. Precisa ser comunicada e praticada fora e dentro da organização. Necessita haver uma conscientização corporativa coletiva. Tudo deve ser feito para que não se caia no erro de deixá-la em segundo plano ou que se esquive dela. E, além de tudo, marketing é assim: na dúvida, “pró-cliente”.