terça-feira, 15 de janeiro de 2013

On 00:58 by Rogério Tobias


            MARKETINGRoda viva


Rogério Tobias

Publicação: 13/01/2013 04:00
O marketing existe para mudar o rumo das coisas quando elas não vão bem. Transformar o rumo do tradicional quando ele já está corroído pelas mudanças do mercado. Ele tem também a função de manter em alto padrão aquilo que está funcionando bem e não deixar que se perca o rumo por causa da rotina estafante.

Para o marketing não existe limite, sempre há uma saída estratégica, capaz de colocar ou manter a empresa em uma batalha que valha a pena lutar. A guerra nunca acaba. Por isso, o posicionamento tem que ser sempre bem definido.

Mesmo em situações em que parece que nada pode ser feito, sempre há a possibilidade de mudar a direção, usar da criatividade e descobrir novos caminhos que permitam girar os estoques, atrair clientes, reforçar a imagem e recompor as forças até o cenário global se tornar mais positivo. A estratégia deve estabelecer as grandes linhas de atuação durante e depois da ocorrência da crise.

O mercado está a exigir cada vez mais inovação, energia, competência e uma capacidade cada vez maior de penetrar na mente e no corpo dos clientes. É questão sine qua non conhecer o que eles estão sentindo e proporcionar aquilo que nutre o seu corpo e a sua alma. Não é válido mais saber apenas o que eles podem querer, o quanto talvez eles estão dispostos a pagar e o que pode satisfazê-los. É preciso conhecer definitivamente os seus desejos e atendê-los em nível de detalhes, senão eles vão em busca de marcas ou empresas que façam isso plenamente.

Diversos hotéis, restaurantes, carros, lojas, fabricantes de aparelhos celulares, tablets, notebooks, chocolates, ferramentas e cafeterias já atingiram esse estágio, mas eles não podem parar no ponto em que estão. Cada dia é uma nova batalha.

A história do marketing mostra que marcas ou empresas que estavam em situações privilegiadas, “dormiram no ponto” e o cliente se foi. O concorrente se adiantou, a tecnologia se desenvolveu e elas ficaram apenas na lembrança do quanto foram boas.

Há uma tendência natural nas organizações de dar mais valor às atividades tangíveis e menos às intangíveis. Uma peça de propaganda benfeita, por exemplo, chega a agradar muito pela beleza, pelo humor, sem muitas vezes ser levada em consideração em termos de impacto na mente dos clientes e seus resultados efetivos nas vendas e repercussão no posicionamento da marca.

Um caminho que recomendo para as empresas enfrentarem esse peão em movimento infindável que é o mercado é conhecer cada vez mais profundamente o seu segmento de público escolhido. Isso deve ser uma das principais prioridades da alta administração, que deve utilizar de todos os instrumentos para atingir esse objetivo. Poucas são as que realmente investem nisso. E existe um caminho que está dentro de casa: são os seus profissionais de vendas. Eles estão em contato direto com o mercado e muitas vezes não são questionados sobre como é esse mercado. Em muitos casos, eles não são nem ouvidos quando querem falar. Vejo muito disso nos treinamento que ministro, quando eles têm oportunidade de falar e contam como se fosse novidade, uns para os outros.

O mercado é uma roda vida. O uso do marketing coloca as empresas em alta velocidade conectadas ao seu mercado.
Mestre em Marketing, Administrador, Professor da UEMG - Faculdade de Políticas Públicas Tancredo Neves, Professor da UNIBH, Autor do livro 121 Artigos de Marketing, Diretor Executivo da RT CONSULTORIA E TREINAMENTO LTDA.; Mentor do curso de Formação de Consultor Júnior e Pleno e escritor.